O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (30), que a recente queda na taxa de desemprego está contribuindo para um aumento no otimismo dos setores econômicos. Durante um evento de investimentos em São Paulo, Haddad expressou sua satisfação com os avanços recentes: “É gratificante ver dados positivos em áreas como emprego e inflação. O índice combinado de inflação e desemprego, que está no menor patamar da série histórica, é um sinal muito encorajador”, comentou.
A taxa de desemprego caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho, comparada a 7,9% no mesmo período do ano passado e 7,5% no trimestre anterior. Os números foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Em relação à política monetária, Haddad observou que os recentes cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve e pelo Banco do Japão têm criado incertezas para os países emergentes. No entanto, ele se mostrou otimista quanto à possibilidade de uma redução na taxa Selic: “Acredito que a redução na taxa Selic pode ter sido adiada, mas estou confiante de que o cenário externo favorável trará benefícios para nossa economia. Precisamos garantir que não interrompamos este ciclo de crescimento sustentável”, afirmou.
Haddad também abordou a revisão de despesas para 2025, destacando a necessidade de um pente-fino nos cadastros de benefícios para evitar falhas que podem resultar em desperdícios significativos. “Pequenas falhas podem gerar gargalos financeiros. Estamos enfrentando desafios na contratação de pessoal e precisamos corrigir esses problemas para manter a eficiência”, explicou.
Nesta semana, a equipe econômica anunciou cortes no orçamento de 2025, totalizando aproximadamente R$ 26 bilhões, com foco em aprimorar a gestão e reduzir fraudes.