O Ministério de Minas e Energia vai decidir na terça-feira (15) se o horário de verão será adotado ainda este ano. A reunião será realizada em Brasília, com o ministro Alexandre Silveira e sua equipe técnica. A urgência da decisão levou o ministro a antecipar seu retorno ao trabalho, interrompendo suas férias para que a questão seja resolvida já na próxima semana.
Silveira destacou que, se houver qualquer risco energético, a adoção do horário de verão será uma prioridade. Ele ressaltou a importância de tomar a decisão rapidamente, pois, sem isso, não seria possível implementar a mudança a tempo de aproveitar a melhor janela, que começa em novembro.
O horário de verão, além de economizar energia, tem impacto em diversos setores da economia. Silveira observou que a decisão envolve um equilíbrio entre custo-benefício e que é necessário avaliar não apenas a economia direta de energia, mas também os reflexos em outras áreas, como transporte e segurança pública.
Outro ponto destacado pelo ministro foi que o horário de verão é uma política pública adotada em diversos países, especialmente nos mais desenvolvidos. Ele afirmou que o tema não deve ser tratado de forma ideológica, como ocorreu no passado, quando foi abolido em 2019 sem uma análise técnica adequada.
Na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada em outubro, o Operador Nacional do Sistema (ONS) apresentou projeções que indicam incerteza sobre as chuvas no período úmido. Mesmo com previsões de aumento nas precipitações a partir da segunda quinzena de outubro, os reservatórios continuam em níveis baixos, o que reforça a necessidade de medidas preventivas.
O ministro concluiu afirmando que, se o horário de verão for adotado, não haverá impacto nas eleições deste mês, já que há um prazo mínimo de 20 dias para que setores essenciais, como o aéreo, possam se planejar adequadamente.