Representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) reuniram-se com autoridades federais para discutir o reajuste salarial. No entanto, a proposta salarial não foi aceita pelas maiores entidades sindicais, resultando em uma divisão nas categorias.
O encontro ocorreu após a assinatura de um acordo entre a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), sem o consentimento das principais entidades representativas dos docentes e servidores. Uma liminar judicial anulou esse acordo. Atualmente, professores e servidores de diversas instituições de ensino estão em greve, exigindo a recomposição salarial de 4,5% este ano.
O governo federal propôs um reajuste salarial zero para este ano, com aumentos progressivos até 2026, variando de 13,3% a 31%, priorizando as categorias com salários mais baixos. No entanto, as negociações salariais foram encerradas pelo governo, que afirmou estar aberto a dialogar apenas sobre outras pautas não salariais.
Após uma reunião com representantes do governo, os líderes grevistas foram informados sobre uma nova rodada de negociações com os professores em 14 de junho e uma reunião específica com os representantes dos servidores técnicos-administrativos em 11 de junho. No entanto, o governo ressaltou que essas discussões não abordarão questões salariais.
Representantes sindicais criticaram o acordo assinado pela Proifes, questionando sua legitimidade e acusando o governo de falta de diálogo e respeito com os trabalhadores da educação. Eles expressaram indignação com a falta de resposta efetiva às demandas salariais e o modelo adotado nas negociações.