Nesta terça-feira (2), o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou vários acordos com os municípios sobre financiamento para a segurança das escolas.
A medida tomada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) surge como resposta a vários ataques que ocorreram em escolas.
A implementação de duas Inspetorias de Segurança Cidadã (ISCs) com um orçamento de R$ 2 milhões está entre as opções que o convênio oferece. O objetivo é melhorar a capacidade das guardas civis municipais.
O dinheiro disponível também pode ser usado para comprar carros, armas, coletes, equipamentos eletrônicos e computadores.
Os municípios atendidos incluem São Luis (MA), Pirapora (MG), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Itu (SP), Diadema (SP), Franco da Rocha (SP), Itarantim (BA), Cocos (BA), Caxias (MA), Raposa (MA) e Camaragibe (PE).
À CNN, o secretário nacional de segurança, Tadeu Alencar, explicou que esse montante de convênios é um desdobramento de um edital de abril do ano passado, aberto após quatro crianças serem mortas em uma escola de Blumenau (SC).
“Os estados estabelecem um valor e essa verba serve para reforço na segurança, patrulhas e até nas células de inteligência, para ter apoio do Cyberlab, do Ministério da Justiça. Estamos, assim, finalizando o repasse que foi aberto”, detalhou.
Ataques
Em 2023, o Brasil registrou pelo menos nove ataques em escolas, um número recorde.
Estudo do Instituto Sou da Paz reuniu casos dessa natureza cometidos desde 2002. Ao longo dos últimos 22 anos, foram 27 caso e 49 mortes registradas.
Em geral, ainda segundo a pesquisa, os crimes são cometidos por homens, adolescentes ou adultos. Os autores normalmente são alunos ou ex-alunos das escolas.
A incidência é maior de 2019 para cá, alcançando os patamares mais elevados em 2022 e 2023.
Veja abaixo os números de ataques a escolas registrados ano a ano:
- 2002: 1 caso;
- 2003: 1 caso;
- 2011: 2 casos;
- 2012: 1 caso;
- 2017: 1 caso;
- 2018: 1 caso;
- 2019: 3 casos;
- 2021: 2 casos;
- 2022: 6 casos;
- 2023: 9 casos.
Com informações CNN