A deputada federal Gleisi Hoffmann manifestou-se contra a recente decisão da Câmara dos Deputados, que rejeitou a proposta de taxação sobre grandes fortunas. Em votação apertada — 262 votos a 236 —, foi recusada a medida que visava cobrar impostos de patrimônios superiores a R$ 10 milhões. Gleisi afirmou que a aprovação desse projeto era essencial para uma reforma que promovesse um país mais justo, beneficiando todos os brasileiros, e não apenas uma elite privilegiada.
“A taxação dos super-ricos era fundamental na reforma em curso para construir um país mais justo, que beneficie todos os brasileiros, não apenas uma elite privilegiada”, declarou a deputada em artigo. Gleisi defendeu a proposta como uma via necessária para reduzir a desigualdade social, destacando que a luta contra a desigualdade é uma missão de vida para o PT.
A deputada também citou estudos recentes que mostram a urgência dessa pauta. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 2017 e 2022, a renda dos 0,01% mais ricos — um grupo de cerca de 15 mil brasileiros — aumentou quase o triplo em comparação com a dos 95% mais pobres, registrando crescimento de 96%. Esse aumento foi impulsionado, em grande parte, pela isenção de impostos sobre a distribuição de lucros e dividendos.
Para Gleisi, a decisão da Câmara mantém a injustiça tributária no país, protegendo aqueles que acumulam grandes riquezas e impedindo o avanço de políticas de redistribuição de renda e inclusão social.