No depoimento prestado por Walter Delgatti durante a sessão da CPMI nesta quinta-feira (17), trouxe à tona novas informações. Delgatti apresentou detalhes que, segundo ele, revelam uma série de interações entre diversas personalidades e alegados acontecimentos relacionados ao sistema de votação e às eleições. Algumas das informações compartilhadas por Delgatti incluem:
Ele mencionou que recebeu pedidos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para explorar possíveis falhas no sistema de votação, que, segundo Delgatti, foram feitos alegadamente a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em um telefonema intermediado por Zambelli, Delgatti afirmou que Bolsonaro teria sugerido que ele assumisse a autoria de um suposto grampo que visava o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Delgatti, o marqueteiro de Bolsonaro, Duda Lima, e o próprio Bolsonaro teriam abordado questões relacionadas às eleições, com a proposta de criar um vídeo sobre a vulnerabilidade das urnas eletrônicas. O plano, que foi interrompido pela imprensa, tinha a intenção de ser exibido no 7 de Setembro. Delgatti alegou que Bolsonaro solicitou que ele colaborasse com técnicos do Ministério da Defesa, incluindo o então ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para avaliar a segurança das urnas eletrônicas e produzir um relatório a respeito.
Delgatti afirmou que Bolsonaro teria dado permissão para a realização de atividades questionáveis e, durante uma conversa telefônica, teria prometido um possível indulto presidencial, mencionando, segundo Delgatti, a possibilidade de “prender o juiz” em caso de detenção.
A pedido de Zambelli, Delgatti afirmou ter invadido sistemas internos, incluindo o do Conselho Nacional de Justiça, e inserido informações fictícias, supostamente para demonstrar a vulnerabilidade do sistema eleitoral. Delgatti também alegou ter tentado acessar o telefone celular de Alexandre de Moraes, seguindo solicitações de Zambelli. Delgatti afirmou que interpretou as solicitações de Zambelli como alinhadas com os interesses do ex-presidente Bolsonaro.
As informações fornecidas por Delgatti durante seu depoimento são objeto de investigação e levantaram uma série de questionamentos sobre os eventos mencionados.