Na Câmara dos Deputados, opiniões sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divergem. De acordo com uma pesquisa inédita da Genial-Quaest divulgada recentemente, 35% dos parlamentares aprovam o governo, enquanto 33% o rejeitam.
O resultado da pesquisa, conduzida pela Quaest a pedido da Genial Investimentos, demonstra um empate técnico, considerando uma margem de erro de 4,8 pontos percentuais, conforme o CEO da Quaest, Felipe Nunes. Devido ao tamanho menor da amostra de entrevistados, a margem de erro é mais significativa.
Embora a Câmara tenha uma inclinação ideológica mais à direita, muitos deputados demonstram disposição em negociar e cooperar com o governo, acreditando na aprovação da agenda do Palácio do Planalto. Segundo Nunes, essa disposição é mais ampla do que o esperado, considerando a base eleitoral das bancadas vencedoras.
A pesquisa, que entrevistou 185 deputados entre junho e agosto, revela que 56% acreditam na possibilidade de aprovação da agenda governamental. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, são os mais bem avaliados, com aprovações de 52%, 48% e 47%, respectivamente.
Os números da pesquisa apresentam semelhanças com pesquisas anteriores. Uma encomendada pela Genial Investimentos e realizada em junho indicou aprovação de 37% e rejeição de 27%. Além disso, uma sondagem de julho junto ao mercado financeiro registrou avaliações mais otimistas, com 44% dos executivos avaliando negativamente o governo e apenas 20% expressando aprovação.
A pesquisa também aponta que 41% dos deputados percebem um relacionamento ruim entre o governo e o Congresso, enquanto 32% o consideram regular e 24% o veem como positivo. Comparativamente ao governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), 43% acreditam que o atual governo é melhor, 12% não veem diferença e 36% acreditam que o governo está pior.