Com procura por vacina estagnada há quase um mês, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) fará busca ativa pelos mais de 200 mil piauienses ainda não vacinados contra a Covid-19. O foco da campanha é alcançar adultos maiores de 18 anos, bem como o público-alvo da dose de reforço (terceira dose).
O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, destaca que diante da procura por primeiras doses estabilizada, alguns municípios estão disponibilizando as vacinas locais para serem remanejadas para os municípios que ainda não atingiram a meta prevista pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Em Pedro II, por exemplo, 1 mil doses de Coronavac foram devolvidas.
De acordo com os dados da FioCruz, pelo menos 224.659 não compareceram para tomar a segunda dose da vacina no estado.
“Isso é motivo de preocupação, uma vez que vários países da Europa estão enfrentando a quarta onda de Covid-19 por conta dos baixos índices de cobertura vacinal. O vírus ainda está circulando e a melhor forma de prevenção é a imunização”, destaca Florentino Neto.
Em reunião nesta quarta-feira (24), o secretário de Saúde e o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, discutiram estratégias para aumentar a cobertura vacinal no estado.
Neste momento, a Sesapi orienta os municípios intensifiquem a busca por adultos maiores de 18 anos que ainda precisam receber a D1 (primeira dose) ou estão com a D2 (segunda dose) em atraso.
No Piauí, 74,67% da população vacinável já recebeu ao menos uma dose (D1) da vacina contra a Covid-19 ou dose única, independente da fabricante e 57,10% já está completamente imunizada. Alguns municípios já notificaram a Sesapi que não precisam mais de doses para aplicação na população maior de 18 anos.
De acordo com o superintendente Herlon Guimarães, entre os gargalos encontrados pela Coordenação de Imunização estão as pessoas que não tomaram vacina até agora por se enquadrarem no grupo considerado negacionistas que recusam a imunização. Ele destaca que esses casos isolados representam riscos para toda a população.
“Um indivíduo não vacinado é uma ameaça para a população mais fragilizada e com maior risco para complicações e óbitos, além de contribuir com o aparecimento de novas variantes do coronavírus”, esclarece.
Com informações da Sesapi