Durante o auge da pandemia de Covid-19 no Brasil, o Governo Federal pagou o auxílio emergencial de forma irregular para mais de 5 milhões de pessoas, incluindo 135 mil que já estavam mortas. Com isso, os cofres públicos tiveram um prejuízo de R$ 9,4 bilhões. É o que aponta uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU).
Além dos 135 mil mortos, o benefício foi pago indevidamente a empregados do governo federa e menores de idade. Foi apontado ainda que cerca de 1,9 milhão de brasileiros com vínculo empregatício formal receberam o auxílio de forma irregular. Também 58,9 mil membros das Forças Armadas foram beneficiados com os recursos mesmo sem ter direito.
O auxílio foi uma medida do Governo Federal para amenizar os danos econômicos causados pelo combate à pandemia.
Inicialmente era pago R$ 600 por pessoa, posteriormente esse valor foi reduzido pela metade. Entre os anos de 2020 e 2021, o benefício foi pago a 68,2 milhões de pessoas.
Segundo a CGU, 5,2 milhões de pessoas receberam o benefício irregularmente, o que significa 7,7% do total de contemplados nos dois anos.
Após a auditoria, a CGU solicitou ao Ministério da Cidadania, responsável pelo desembolso da verba, que fosse definido procedimentos e responsabilidades pelo acompanhamento da devolução de recursos referentes às parcelas pagas após o óbito dos beneficiários.