O Coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Francisco Costa, o Barêtta, afirmou nesta segunda-feira (15), que Maria Nerci, mãe do jornalista e bacharel em direito João Paulo Mourão, preso por suspeita de matar a própria irmã, a advogada Izadora Mourão, poderá ser indicada por participação no crime, que aconteceu no último sábado (13), na cidade de Pedro II.
A advogada Izadora Mourão foi encontrada morta no sábado (13), com sete golpes de faca no quarto do irmão, no município de Pedro II, interior do Piauí. A Polícia afirma que, após o crime, a mãe dos irmãos pediu que empregada doméstica dissesse que alguém entrou na casa e que suspeito estava dormindo.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações apontam que, após assassinar a irmã, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe. Ainda de acordo com Barrêtta, a mãe, ao encontrar a filha no quarto, ligou para a empregada doméstica da casa pedindo para que ela dissesse que uma mulher havia entrado na residência e que João Paulo estava dormindo.
“A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, relatou o coordenador do DHPP.
O delegado aponta o crime como premeditado. “Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ela ainda se locomove e deixa claro que o assassino estava próximo dela e dentro de casa”, disse.
Segundo Barêtta, pessoas da família serão investigadas por passar informações equivocadas aos policiais durante a investigação.