O Tribunal de Justiça do Piauí, por meio do desembargador Ricardo Gentil Eulálio Dantas, ordenou que R$897.950,00 apreendidos pela Polícia Federal na casa do promotor Maurício Verdejo Gonçalves Júnior sejam devolvidos ao empresário Junno Pinheiro Campo Sousa.
Essa decisão foi tomada em 1º de outubro, depois que foi comprovado que o montante havia sido emprestado por Junno para auxiliar as investigações contra o promotor.
O promotor Maurício Verdejo foi investigado e denunciado pelo Ministério Público do Piauí por cobrar propina para arquivar um processo contra Junno Pinheiro.
De acordo com o MP, Verdejo e seu assessor, o advogado André Ricardo Bispo Lima, teriam solicitado inicialmente R$ 2 milhões para interromper a investigação. Já a Polícia Federal apontou que a exigência teria sido de R$ 3 milhões, e registrou o pagamento de duas parcelas, cada uma de R$ 500 mil, em agosto de 2024.
Na segunda entrega da quantia, feita na casa de Verdejo em Teresina, a Polícia Federal executou uma busca e apreensão, encontrando quase R$900 mil em posse do promotor. Além disso, R$10 mil foram localizados em posse de terceiros, após ter sido repassados pelo assessor de Verdejo.
As investigações contra o promotor tiveram início após a denúncia de Junno Pinheiro, que relatou ter sido abordado em um restaurante, onde Verdejo teria exigido a propina, mencionando que tinha apoio dentro do Judiciário.