O torcedor mais jovem do São Paulo pode até não se lembrar, mas o time é o maior vencedor de títulos internacionais do Brasil, com 12 conquistas – a maioria celebrada na vitoriosa década de 1990.
A última dessas glórias chegou ao Morumbi há dez anos, justamente na Copa Sul-Americana, torneio em que o Tricolor se garantiu nas oitavas de final nesta quinta-feira ao vencer o Jorge Wilstermann por 3 a 0, na gelada noite de outono na capital paulista.
Com o resultado, o São Paulo chegou aos 13 pontos e já assegurou a primeira colocação do Grupo D, mesmo com uma rodada a ser disputada – o time recebe os peruanos do Ayacucho na semana que vem.
Ainda é cedo para cravar o São Paulo como favorito ao título da Sul-Americana, mas com certeza a equipe de Rogério Ceni pode ser considerada uma das que podem chegar na decisão.
Em um gelado Morumbi (os termômetros marcavam 9 graus no início da partida) e com muita facilidade, um time misto despachou o rival boliviano, que também poupou alguns jogadores de olho no Campeonato Boliviano, com extrema facilidade.
O nome do jogo na primeira etapa foi Rodrigo Nestor. Ele marcou os dois gols do time nos 45 minutos iniciais. O primeiro, aos 6, após Eder fazer a jogada de pivô para o volante finalizar com precisão.
O segundo saiu aos 16, após Nikão avançar pela direita e bater para o gol. No meio do caminho, Nestor desviou com classe para aumentar o placar para 2 a 0.
Nestor ainda fez mais um gol antes do intervalo, mas o árbitro anulou, alegando um impedimento bem duvidoso – na primeira fase da Copa Sul-Americana não há revisão do árbitro de vídeo (VAR).
O São Paulo voltou para o segundo tempo e o jogo continuou igual Logo no primeiro minuto, o time brasileiro ampliou o placar para 3 a 0.
Nikão esticou a bola para Nestor na linha de fundo, o volante cruzou rasteiro, Eder fez o corta-luz e a bola ficou limpa para Patrick escorar e fazer o gol – foi o primeiro gol do meia, que chegou ao clube no início da temporada, pelo time.
O terceiro gol no primeiro minuto do segundo tempo fez o São Paulo se desconcentrar, principalmente no último passe. Rogério Ceni aproveitou que o jogo se tornou um mero treino – o segundo tempo não parecia nem mesmo amistoso – e fez as cinco substituições.
O time ainda perdeu mais algumas boas chances, levou uma bola na trave, mas o jogo ficou mesmo nos 3 a 0.
Agora, o treinador terá uma dura missão: fazer seu time vencer o Corinthians pela primeira vez na Neo Química Arena, no clássico que vale a liderança do Brasileirão, no próximo domingo.