As empresas devem se adequar, modernizar o máximo sua estrutura de comercialização para adaptação das vendas à distância
Por Reação Folha Expressa | Publicado em 03/12/2020 às 09H15
Desde o início da pandemia do Covid-19, a indústria piauiense vem buscando se adaptar ao cenário e desenvolver estratégias para evitar grandes impactos negativos nos negócios. Especialistas apontam algumas ações a serem realizadas pela indústria brasileira no enfrentamento de crise, dentre elas estão o gerenciamento mais rigoroso de fluxo de caixa, modernização da estrutura de comercialização e controle dos custos.
No Piauí, o critério de estabilidade econômica, em setembro, apresentou índice de 66,7%, contra 65,9% no Nordeste e 63,5% no Brasil. O economista e consultor do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI) Márcio Braz recomenda que as indústrias façam uma readaptação ao atual cenário e planejem ações estratégicas efetivas para o desenvolvimento econômico.
“Dentre as principais orientações que sugiro é que as indústrias façam um gerenciamento mais rigoroso possível do fluxo de caixa das empresas, um bom gerenciamento de estoque e negociação tanto com o cliente quanto com fornecedores. Além disso, as empresas devem se adequar, modernizar o máximo sua estrutura de comercialização para adaptação das vendas à distância e um controle muito ferrenho da estrutura de custos de um modo geral”, informa.
OTIMISMO NOS PRÓXIMOS MESES
A pesquisa Sondagem Industrial realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no mês de outubro, aponta que as perspectivas para os próximos seis meses demostram o otimismo do setor. Embora no caso do Piauí, o indicador de expectativa de aumento no número de empregados (14,3%) ainda esteja em níveis mais baixos que o Nordeste (20,3%) e o Brasil (24,2%). No critério “estabilidade” o percentual do Estado é de 77,8% de estabilidade, o que significa que a perspectiva é de que não haja mais demissões no período.
Márcio Braz afirma ainda que é necessária a adoção de novas práticas e processos que contribuam para o melhor gerenciamento dos negócios. “É preciso que se adote práticas que se mostraram eficientes sob o ponto de vista de acesso ao cliente, da redução de custos e da criação de um ambiente de trabalho que preserve, acima de tudo, a saúde de todos. Assegurado esse objetivo inicial, as empresas devem olhar atentamente para o mercado, identificando as possibilidades de expansão das atividades já praticadas e as alternativas de ocupação de novos espaços, com a diversificação das linhas de produção já instaladas”, sugere o economista do CIEPI.