Uma pesquisa realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontou que em 2019, apenas metade das vagas destinadas a este público no Piauí foram preenchidas, totalizando cerca de 56%.
Por Redação Folha Expressa | Publicado em 11/12/2020 às 16H30
Exercer uma profissão é um direito de todos os cidadãos. Porém, muitas pessoas estão fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades, principalmente, para as pessoas com algum tipo de deficiência (PCD´s). Em 2019, apenas metade das vagas destinadas a este público no Piauí foram preenchidas, totalizando cerca de 56%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em 2020, um levantamento realizado pela pesquisa da Catho aponta que a pandemia do novo coronavírus tem dificultado a procura por emprego para 93% dos respondentes. Para 69%, justamente a falta de oportunidades é a maior barreira profissional enfrentada por eles. Formada há um ano, a técnica de enfermagem, Luciana dos Reis, tem nanismo e trabalha no setor de ressonância magnética. Ela comenta a importância da valorização e inclusão de deficientes no quadro de colaboradores na empresa.
“Olha, é uma mudança de vida! É uma oportunidade para alguém que às vezes acha que nada é a favor dela, que tudo é contra. A pessoa com deficiência se sente derrotada, inválida e que não tem utilidade. Uma empresa como essa vem e oferece oportunidades, com isso os funcionários com deficiência se sentem mais dignos e mais confiantes e, assim conseguir comprar suas coisas e planejar um futuro”, relata.
As cotas para deficientes são determinadas pela lei 8213/91 em seu artigo 93: “Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas. A clínica Dmi conta com oito funcionários com algum tipo de deficiência, compreendendo cerca de 3,3% das vagas destinadas para esse público. Porcentagem que respeita as cotas determinadas por lei”.
Mesmo com a redução de empresas que cumprem a lei de contratação de pessoas com deficiência, dados do Caged apontam que o número de cargos ocupados por deficientes registrados em 2019 é o maior registrado nos últimos quatro anos. O auxiliar de serviços gerais José Marcelino Leal tem deficiência na mão e informa o que o seu trabalho representa. “Representa muita coisa para mim, porque através desse emprego eu sustento minha família”, ressalta.
A supervisora de Departamento Pessoal Naíse Caroline relata a felicidade de ver a superação dessas pessoas no ambiente de trabalho. “É muito importante tanto para o deficiente, como para gente, porque aprendemos a lidar com as dificuldades deles. É muito gratificante estar aqui vendo o dia-a-dia do funcionário, observando suas superações, por estarem trabalhando e conseguindo seu dinheiro”, finaliza.
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