Após assumir a presidência da Petrobras há três dias, a engenheira Magda Chambriard expressou seu apoio à política de preços atual da estatal. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27), Chambriard destacou a importância da empresa em manter a estabilidade do mercado interno de combustíveis.
“A Petrobras sempre seguiu as tendências dos preços internacionais, oscilando levemente para cima ou para baixo. O que devemos evitar é a instabilidade diária nos preços para a sociedade brasileira. A empresa sempre manteve essa estabilidade”, afirmou Magda.
Chambriard abordou o recente cenário de preços elevados de combustíveis, recordando a promessa do presidente Lula de “abrasileirar” os preços. “É justo cobrar pelo produto nacional o mesmo valor que se paga pelo produto importado, incluindo custos de frete, seguro e risco de importação? A política atual reflete uma formulação que ajusta os preços dos combustíveis à realidade brasileira”, explicou.
A atual política de preços da Petrobras, adotada em maio do ano passado, marcou o fim do Preço de Paridade Internacional (PPI) que vigorava desde 2016. Esse modelo atrelava os preços internos aos valores internacionais, com base no barril de petróleo tipo Brent, cotado em dólar. A prática anterior beneficiou os acionistas com dividendos recordes. No novo modelo, a Petrobras continua a considerar o mercado internacional, mas incorpora referências do mercado interno.
Magda Chambriard, ao assumir o cargo, relembrou sua trajetória na empresa e sua experiência na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde foi diretora-geral entre 2012 e 2016. “Ingressei na Petrobras quando produzíamos 187 mil barris de petróleo por dia. Participei do crescimento para 200 mil, 500 mil e um milhão de barris diários. Mesmo na ANP, estive envolvida na descoberta do pré-sal”, disse.
Entre os principais desafios da Petrobras, Magda destacou a segurança energética do país e a transição para uma matriz energética mais sustentável. A nova presidente reafirmou o compromisso da empresa de zerar as emissões de carbono até 2050, visando ser rentável e sustentável. Chambriard enfatizou a importância do diálogo com acionistas públicos e privados e o respeito à lógica empresarial. “Estamos determinados a tornar a Petrobras lucrativa e sustentável”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil