A mudança de comando aconteceu na tarde desta terça-feira (3), na sede da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, em São Luís, assumiu o Comando do 11° BPM em Timon, o TC QOPM Sampaio, em substituição ao TC QOPM Araújo.
Segundo falatórios que circulam na cidade, teria havida uma tensa discursão entre uma PM e o ex-comandante do 11º BPM, o bate-boca chegara a ocasionar desmaio e internação hospitalar da servidora pública. O desentendimento se deu no último sábado (01/05), segundo informações repassadas em off ao redator do nosso blog.
Os detalhes do ocorrido não foram divulgados e nem a PM quis, até aqui, prestar nota de esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu. A troca de comando repentina, sem razão outra que justifique, faz acredita-se que os motivos seriam a “tal confusão” muito pouca contada, mas que existiu.
Uma nota de repúdio, que seria de autoria da policial envolvida – mas que não consta nome e nem assinatura, tem ganhado as redes sociais
NOTA DE REPÚDIO
Infelizmente, apesar de todos os avanços conquistados pelas mulheres, ainda persiste uma triste realidade de discriminação.
Mulheres são julgadas todos os dias, em todos os lugares, pelo que fazem ou deixam de fazer. Isso acontece em casa, na roda de amigos, no trabalho, principalmente quando esse trabalho é um ambiente majoritariamente masculino.
Quando são vazados vídeos ou fotos de relações íntimas, o homem flagrado é enaltecido: o “pegador”, o “gostosão”, o que “se garante”. Já a mulher é a “vadia”, “sem vergonha”, “puta”.
A sociedade julga as mulheres por tudo, também pela sua liberdade sexual, coisa que não faz com os homens, como se a vida sexual delas definisse seu caráter e sua competência profissional.
Todos nós, mulheres e homens, temos o direito de vivenciar nossa sexualidade da forma que quisermos e isso diz respeito apenas a quem vive, é seu espaço privado, pessoal, não público.
Geralmente, os que mais fazem esse tipo de julgamento, são os falso-moralistas, que pregam moralidade, mas, na prática de seu espaço privado, fazem o contrário. São os típicos machistas que dividem as mulheres em grupos: “pra casar” e “pra transar”. Esses são os que não servem para nenhuma das duas coisas, pois tratam mulheres como objetos de uso, para uma coisa ou para outra.
Mulheres são seres humanos plenos, que devem ser vistas como tal e não como objeto de funcionalidade. Por isso, têm os mesmos direitos de qualquer pessoa em sociedade. Afinal, nossa Constituição Federal traz no seu Art. 5º, parágrafo I, que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.
É muito lamentável que esse tipo de discriminação ainda aconteça. Aliás, é inaceitável, digno de reprovação, repúdio e medidas legais cabíveis.
Nós, policiais femininas do 11° BPM, não devemos nos calar nem nos amedrontar com esse tipo de prática.