Mais uma vez, os caminhoneiros estão ameaçando paralisar o País. A categoria se diz em “estado de greve” desde o último sábado e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (18), as associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo.
Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.
Caminhoneiros brasileiros podem entrar em greve no dia 1º de novembro se o governo federal não atuar para baixar o preço do óleo diesel. O indicativo de 15 dias de paralisação foi aprovado em reunião de lideranças da categoria no último final de semana.
“Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder. Se não houver resposta de forma concreta em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia 1º de novembro, Brasil todo parado”, explicou Luciano Santos Carvalho, do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira.
O indicativo de greve também é apoiado por outras associações de caminhoneiros do Brasil e pede, além da queda no valor do combustível, o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS, extinta pela reforma da Previdência, e defende o piso mínimo de frete no país.
De acordo com os caminhoneiros, as reivindicações são:
- Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);
- Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
- Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;
- Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);
- Aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no Senado.
- Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).