De acordo com dados divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (29), a dívida bruta do governo foi de 82,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em agosto, o que significa uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Com essa redução, é a sexta consecutiva do endividamento do país em relação ao PIB. O percentual é o menos desde maio de 2020. Já na comparação anual, houve redução de 6,2 pontos percentuais na dívida bruta.
No total, a dívida bruta somou R$ 6,84 trilhões em agosto. Se for considerado o valor em reais, a dívida manteve trajetória de crescimento nos últimos meses. Em julho, o montante somava R$ 6,79 trilhões e R$ 6,72 trilhões em junho.
O endividamento registrou crescimentos expressivos por mês desde o início da pandemia de Covid-19. Depois da chegada do vírus ao país, o governo teve de gastar mais em programas emergenciais, como o auxílio emergencial e linhas de crédito para empresas.
Em fevereiro deste ano, a dívida alcançou 89,36% do PIB, maior percentual da série histórica iniciada em 2006. No mesmo mês de 2020, último antes dos impactos da crise sanitária, a dívida estava em 75,16%.
A partir de março, contudo, o endividamento -em relação ao PIB- começou a cair.
Segundo expectativas do mercado coletadas pelo BC, os economistas consultados projetam que a dívida encerre o ano em 82,05% do PIB e volte a crescer nos anos seguintes, chegando a 85% em 2025.
A dívida líquida, que desconta os ativos do governo, também registrou queda de 0,4 ponto percentual em agosto e chegou a 59,3% do PIB. Segundo o BC, o crescimento da atividade econômica contribuiu em 0,7 ponto e a alta do dólar de 0,42% no mês puxou 0,1 ponto para baixo.