Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência de João Paulo, acusado de matar a irmã a facadas na cidade de Pedro II, uma carta escrita pelo jornalista a advogada Izadora Mourão.
Na carta é possível ver que o irmão faz um aviso a irmã, ” Cuide de sua vida “.
“Isadora, não mexa nunca nas minhas coisas sem a minha permissão e nem crie nenhuma confusão envolvendo meu nome e o da nossa mãe.
Cuide das suas coisas, da sua vida e não crie nunca confusão desnecessária para você nem para nós.
Pare de criar confusão e de se prejudicar. Cuide-se, esqueça a vida alheia, cuide bem dos seus filhos, procura organizar-se em sua vida.
Lembre-se que temos uma mãe já de idade e o irmão especial para cuidarmos. Att. João Paulo Mourão”.
Entenda o caso
A advogada Izadora Mourão foi encontrada morta no sábado (13), com sete golpes de faca no quarto do irmão, no município de Pedro II, interior do Piauí. A Polícia afirma que, após o crime, a mãe dos irmãos pediu que empregada doméstica dissesse que alguém entrou na casa e que suspeito estava dormindo.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações apontam que, após assassinar a irmã, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe. Ainda de acordo com Barrêtta, a mãe, ao encontrar a filha no quarto, ligou para a empregada doméstica da casa pedindo para que ela dissesse que uma mulher havia entrado na residência e que João Paulo estava dormindo.
“A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, relatou o coordenador do DHPP.
O delegado aponta o crime como premeditado. “Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ela ainda se locomove e deixa claro que o assassino estava próximo dela e dentro de casa”, disse.
Segundo Barêtta, pessoas da família serão investigadas por passar informações equivocadas aos policiais durante a investigação.