O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter válido o acordo de colaboração premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid. O militar foi ouvido nesta quinta-feira (21) em uma audiência que durou três horas, na qual tratou de contradições e omissões apontadas em depoimentos anteriores à Polícia Federal.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, é considerado peça-chave nas investigações sobre os ataques de 8 de janeiro, a tentativa de golpe de Estado e a organização criminosa que planejou ações contra as instituições democráticas. Durante a audiência, o ministro relator avaliou as explicações como satisfatórias.
De acordo com o STF, o colaborador esclareceu os pontos levantados pela PF. Arquivos recuperados do celular de Mauro Cid revelaram informações que não haviam sido mencionadas, incluindo um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Esses dados seguem sob apuração.
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, avaliou positivamente a audiência e informou que não houve novo depoimento, mas apenas esclarecimentos. Segundo ele, seu cliente está autorizado a voltar para casa, em conformidade com o acordo de delação.