O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quinta-feira (14) a punição dos envolvidos nos ataques ocorridos em frente à sede do tribunal. Ele considerou as explosões registradas na noite anterior como um ato terrorista contra a democracia. A investigação do caso será relatada por Moraes, nomeado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Segundo Moraes, a tentativa de banalizar o ocorrido demonstra um perigo para a segurança das instituições. Ele lamentou o que chamou de “mediocridade” de pessoas que minimizam ataques contra o Estado de Direito. Moraes elogiou a atuação da segurança do STF, que impediu o suspeito Francisco Wanderley Luiz de entrar no edifício com explosivos. Ao ser barrado, Luiz acionou os explosivos e se matou.
A Polícia Federal (PF) iniciou a investigação e acionou a unidade antiterrorismo para apoiar a apuração. O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, declarou que o episódio não representa um “fato isolado”. A explosão aconteceu por volta das 19h30, enquanto advogados e autoridades deixavam a Corte após o julgamento de um caso sobre operações policiais no Rio de Janeiro.
Não houve feridos, mas o edifício-sede do STF foi evacuado e interditado. O público foi retirado do local pelo subsolo, enquanto os ministros foram encaminhados em segurança.