O procurador-geral da República, Paulo Gonet, revelou em documento sigiloso ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma conexão entre o planejamento de um golpe de Estado por apoiadores de Jair Bolsonaro e os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
De acordo com Gonet, evidências coletadas até o momento sugerem que a atuação de uma organização criminosa foi fundamental para a eclosão da violência que resultou na invasão e depredação das sedes dos três Poderes.
A investigação aponta que Jair Bolsonaro discutiu um plano golpista com comandantes das Forças Armadas após sua derrota eleitoral para Luiz Inácio Lula da Silva, envolvendo uma rede de auxiliares civis, ministros de Estado e militares.
Os envolvidos podem ser responsabilizados por ressarcir os cofres públicos em até R$ 26 milhões, valor correspondente aos danos causados pela destruição do patrimônio público. Os danos incluem R$ 3,5 milhões ao Senado, R$ 2,7 milhões à Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões ao Palácio do Planalto e R$ 11,4 milhões ao STF.
A defesa de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, teve seus pedidos indeferidos pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa afirma confiar na inocência de seu cliente.