Nessa quarta-feira (31) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 10 dias para que a Polícia Federal (PF) colha o depoimento do delegado Giniton Lages, investigado por supostamente atrapalhar a investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Em seu pedido a Moraes, a defesa de Giniton disse que, depois ter concluído a “minuciosa leitura” dos mais de 50 volumes do processo, ele “está convencido de que o seu depoimento trará elementos novos e substanciais, os quais certamente serão decisivos na elaboração do novo relatório final e, sobretudo, na formação do convencimento da Procuradoria-Geral da República”.
Delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele foi o primeiro responsável pelas investigações dos assassinatos. Giniton é alvo de inquérito no STF que apura suposta obstrução da investigação das mortes de Marielle e Anderson.
Também são investigados no caso o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. Os três últimos são acusados de mandar matar a vereadora carioca.
O delegado foi afastado das funções e é monitorado por tornozeleira eletrônica.