Um documento recentemente apreendido pela Polícia Federal (PF) revela que Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal, tentou influenciar a investigação sobre Flávio Bolsonaro. O arquivo, datado de março de 2020, foi criado antes de Ramagem ser nomeado para chefiar a Polícia Federal, uma nomeação posteriormente barrada pelo STF.
O documento, intitulado “Bom dia Presidente”, alegava que Flávio Bolsonaro foi injustamente implicado no esquema de “rachadinha” devido a acessos indevidos aos seus dados fiscais por servidores da Receita Federal. Investigação revelou que essas alegações eram infundadas.
O relatório detalhava supostas irregularidades na Receita Federal e indicava que a Operação Armadeira, que prendeu um auditor da Receita, visava encobrir servidores que teriam acessado ilegalmente dados fiscais. A Receita e a PF não encontraram evidências para corroborar as alegações de Ramagem, que nega qualquer envolvimento em atividades ilícitas. Além disso, há investigações em andamento sobre a criação de uma “Abin paralela” para fins de monitoramento político e disseminação de notícias falsas.