Nesta terça-feira (09), o Conselho de Ética do Senado Federal deliberou transformar sete solicitações em duas representações e cinco denúncias. Entre os alvos está o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acusado por partidos como Rede Sustentabilidade, PT e PSOL de quebra de decoro parlamentar devido a sua suposta conexão duradoura com milícias no Rio de Janeiro, considerada incompatível com a dignidade do mandato parlamentar. O senador Dr. Hiran (PP-RR) foi designado como relator do caso.
As acusações mencionam que essa ligação com milícias resultou em descobertas de atividades ilícitas dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro durante seu mandato como deputado estadual, incluindo lavagem de dinheiro e a prática de ‘rachadinha’, onde funcionários supostamente tinham parte de seus salários apropriados indevidamente.
Além de Flávio Bolsonaro, outros parlamentares enfrentam denúncias no Conselho de Ética. Jorge Cajuru (PSB-GO) é acusado de fazer insinuações nas redes sociais sobre o uso inadequado de recursos de emendas parlamentares. Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) responde a uma denúncia movida por Flávio Bolsonaro, que o acusa de ter abordado de forma agressiva o youtuber Wilker Leão no Senado. Natália Bonavides (PT-RN) acusa Styvenson Valentim (Podemos-RN) de fazer comentários que sugerem violência contra mulheres. Marcos do Val (Podemos-ES) enfrenta acusações relacionadas aos ataques às sedes dos três Poderes em janeiro de 2023, com alegações de depoimentos contraditórios sobre um suposto plano golpista discutido com Jair Bolsonaro e tentativas de incriminar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Randolfe Rodrigues também é alvo de denúncia da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB) por publicações consideradas ataques criminosos contra o então presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais.