O setor alimentício liderou a indústria brasileira em 2022, empregando 22,8% do total de 8,3 milhões de pessoas na indústria nacional, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27) através da Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa. Seguiram-se a indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 7% das ocupações, e a fabricação de produtos de metal, excluindo máquinas e equipamentos, com 5,9%.
A PIA-Empresa revelou que em 2022 existiam 346,1 mil empresas industriais com pelo menos um funcionário, abrangendo um total de 8,3 milhões de trabalhadores. Essas empresas geraram uma receita líquida de vendas de R$ 6,7 trilhões e um valor de transformação industrial de R$ 2,5 trilhões, com 89,3% provenientes das indústrias de transformação.
Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu um novo sistema de metas de inflação, fixando o centro da meta em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo, a ser implementado a partir de 1º de janeiro de 2025. Essa medida elimina a necessidade de novas definições anuais de metas, salvo em casos específicos, com alterações entrando em vigor após um período de 36 meses.
Ainda segundo o IBGE, o salário médio na indústria em 2022 foi de 3,1 salários mínimos, refletindo uma redução de 0,3 salários mínimos desde 2013. Essa queda foi observada tanto nas indústrias extrativas quanto nas de transformação.
Além da PIA-Empresa, o IBGE também divulgou a Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto), destacando que óleos brutos de petróleo lideraram o ranking dos produtos industriais com maior receita líquida de vendas, seguidos por óleo diesel e minérios de ferro, com contribuições significativas para a economia industrial brasileira em 2022.