A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 foi elevada, passando de 3,96% para 3,98%, conforme o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (24). Este relatório semanal reúne expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país. Para 2025, a estimativa de inflação também aumentou, subindo de 3,8% para 3,85%.
A meta de inflação para 2024, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um intervalo de 1,5% a 4,5%. A mesma meta e margem de tolerância se aplicam para 2025.
Taxa Selic e Política Monetária
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano. Recentemente, o Banco Central interrompeu os cortes na Selic devido à alta do dólar e às incertezas econômicas, mantendo a taxa após sete reduções consecutivas.
De março de 2021 a agosto de 2022, a Selic foi elevada 12 vezes consecutivas em resposta ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano. Com a inflação sob controle, o Banco Central iniciou cortes na taxa.
A Selic, que chegou a 2% ao ano durante a pandemia de covid-19 para estimular a economia, é projetada pelo mercado financeiro para encerrar 2024 no nível atual de 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a previsão é que a taxa básica caia para 9,5% ao ano.
PIB e Câmbio
A expectativa de crescimento da economia brasileira para 2024 foi ajustada para 2,09%. Para 2025, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 2%.
A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,15 no fim de 2024, mantendo-se no mesmo patamar até o fim de 2025.