O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou neste sábado (15) na Itália sobre o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados do Brasil, que equipara a pena para o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.
“Quando alguém apresenta uma proposta que a vítima tem que ser punida com mais rigor do que o estuprador, sinceramente, não é sério”, afirmou Lula durante seu pronunciamento. Ele expressou sua preocupação com a proposta legislativa, destacando a disparidade de tratamento entre vítimas de estupro e mulheres que optam por interromper a gestação.
Lula estava fora do país durante os debates intensos sobre o tema no Brasil e afirmou que ao retornar estará mais informado sobre o assunto. No entanto, ele reiterou sua crença de que as leis atuais já garantem um tratamento justo e civilizado para casos de estupro, com respeito adequado às vítimas.
A declaração do presidente ocorre em um momento de forte debate público e polarização política em torno de questões relacionadas ao aborto no Brasil. A proposta legislativa tem gerado controvérsias significativas, dividindo opiniões entre diferentes setores da sociedade e da classe política.
Lula enfatizou a importância de se manter um debate equilibrado e informado sobre assuntos tão sensíveis quanto o aborto e o tratamento de crimes como o estupro. Sua crítica ao projeto de lei reflete preocupações com a justiça e a dignidade das pessoas envolvidas em situações tão delicadas.