As finanças do governo central, compreendendo o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registraram um superávit primário de R$ 11,08 bilhões em abril deste ano, marcando o menor saldo para o mês desde 2020, no início da pandemia.
De acordo com o balanço divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (28/5), o montante representa uma queda real de 31,7% em comparação com o mesmo mês de 2023, quando houve um superávit de R$ 15,64 bilhões. No período, o Tesouro Nacional teve um superávit de R$ 41,47 bilhões em abril, uma alta real de 9,6% em relação ao mesmo mês de 2023. Por outro lado, o Banco Central apresentou um déficit primário de R$ 123 milhões, enquanto a Previdência Social registrou um saldo negativo de R$ 30,27 bilhões, representando um crescimento de 40,6%.
A pasta atribuiu o maior impacto sobre o desempenho do mês ao aumento de R$ 8 bilhões em despesas previdenciárias relativas à antecipação de parte do décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas.
Em termos de receitas, houve uma elevação real de 10,6% no recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal em abril, com um aumento de R$ 14,5 bilhões em relação ao mesmo mês de 2023, impulsionado principalmente pela arrecadação de Pis/Cofins. Também houve um ganho nas receitas previdenciárias.
Com o dado mensal, o resultado acumulado nos primeiros quatro meses do ano ficou positivo em R$ 30,605 bilhões, abaixo do saldo positivo de R$ 46,849 bilhões observado no mesmo período de 2023. No acumulado em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 253,4 bilhões, em valor corrigido pela inflação, o equivalente a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB).