O governo federal divulgou, nessa quinta-feira (09), um pacote de medidas que totaliza quase R$ 50,945 bilhões para impulsionar a economia do Rio Grande do Sul, que enfrenta uma das maiores crises de sua história após as recentes chuvas e enchentes. As iniciativas abrangem a antecipação de benefícios, projetos de infraestrutura e logística, além de recursos para alavancar o crédito na região.
Durante uma apresentação no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que os valores anunciados são apenas o início do apoio necessário para a reconstrução do estado. Ele ressaltou a importância de agilidade e eficiência na implementação das ações.
Segundo o presidente, é essencial pensar nas pessoas afetadas pelas enchentes, que enfrentam um verdadeiro desafio após a retirada das águas. Lula destacou os danos materiais e emocionais causados pelas inundações, enfatizando a necessidade de ajuda imediata.
As medidas anunciadas visam beneficiar diversos setores da sociedade gaúcha, incluindo trabalhadores assalariados, beneficiários de programas sociais, estado e municípios, empresas e produtores rurais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que as iniciativas abrangem uma variedade de instrumentos específicos para atender às necessidades urgentes dos cidadãos. Ele ressaltou que essas medidas não afetarão os programas já em andamento em outras regiões do país.
Adicionalmente, cada ministério está elaborando seu plano de ação para o Rio Grande do Sul, visando uma recuperação rápida e eficiente. Na próxima segunda-feira (13), o Ministério da Fazenda anunciará o resultado das negociações em torno da dívida do estado com a União, com o objetivo de liberar recursos adicionais.
Durante o evento, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES também anunciaram medidas adicionais para apoiar a população do Rio Grande do Sul. Entre essas ações, destacam-se a suspensão do pagamento de dívidas e do FGTS por parte das empresas.
As medidas incluem antecipação do abono salarial, liberação de parcelas adicionais do seguro-desemprego, priorização no pagamento da restituição do Imposto de Renda, antecipação de pagamentos do Bolsa Família e Auxílio-Gás, aporte de recursos para infraestrutura, garantias de crédito para microempresas e empresas de pequeno porte, prorrogação de prazos de recolhimento de tributos, entre outras.