Nesta quarta-feira (01), Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve autorizar o pagamento do reajuste de benefícios para todos os servidores públicos federais, em um acordo selado entre as entidades representativas dos servidores e o governo federal.
Os servidores serão contemplados com um reajuste de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio, elevando o benefício de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, o auxílio-saúde, que atualmente é de R$ 144,38, será aumentado para cerca de R$ 215, e o auxílio-creche passará de R$ 321 para R$ 484,90.
Os valores foram estabelecidos em acordo realizado na última quinta-feira (25) entre as entidades representativas dos servidores e a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI).
O governo também se comprometeu a implementar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o aumento do auxílio-alimentação resultará em um ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que recebem até R$ 9 mil mensais. Aqueles que têm as menores remunerações e recebem simultaneamente os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão um aumento de até 23% na remuneração total.
O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, ressaltou que, em 2023, o governo já havia concedido um aumento salarial linear para todos os servidores públicos federais.
Entretanto, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirma que continuará reivindicando reajustes salariais entre 7% e 10% ainda para este ano.
“Não vamos jogar a toalha, porque é uma reivindicação histórica da categoria. Entendemos que a fase de congelamento de salários foi no governo anterior, então o momento é de conseguir recuperar o poder de compra do funcionalismo agora”, avaliou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, em entrevista à Agência Brasil.
A Condsef representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas.