Voz potente no Judiciário, a ministra-substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo, é a primeira mulher negra em uma Corte Superior do país, destaca a educação como uma das principais razões que a ajudaram a chegar ao cargo atual. Segundo ela, um dos maiores desafios das mulheres negras é “superar a pobreza”.
Formada em Direito pela Universidade de Itaúna, mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Lôbo foi professora convidada da universidade parisiense Sorbonne no primeiro semestre deste ano e assumiu cadeira no TSE em agosto.
Apesar de ter sido mencionada como um dos nomes para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal (STF), Lôbo evita polemizar em relação ao fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que não pretende considerar raça e gênero para a indicação. Reconhece que o processo de escolha para uma vaga nas Cortes Supremas é “é cheio de percalços”, mas reforça que “há mulheres negras preparadas para ocupar uma cadeira na Suprema Corte brasileira”.