A taxa de desemprego ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto, com 8,4 milhões de pessoas desocupadas, uma queda de 0,5 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o menor índice desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda na desocupação está diretamente influenciada pela alta do número de pessoas trabalhando. O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57%. “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, disse a pesquisadora.
Três grupamentos de atividades foram responsáveis pelo desempenho do mercado de trabalho no trimestre móvel terminado em agosto. A maior variação no confronto contra o trimestre encerrado em maio foi de serviços domésticos, que teve alta de 2,9%, o que significa um incremento de mais 164 mil pessoas ocupadas.
Em seguida, o grupo de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com alta de 2,4% (ou mais 422 mil pessoas), principalmente na área da Saúde e da Educação pública.
Fecha o trio as atividades de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, que registraram expansão de 2,3% (mais 275 mil pessoas) ocupadas.
“No geral, houve resultado positivo também porque nenhum outro grupo registrou perda estatística de trabalhadores. Mas esses três grupamentos, em especial, contribuíram no processo de absorção de trabalhadores”, afirmou Beringuy.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas aumentou 3,9%, chegando a 199 mil pessoas no trimestre. Já no ano, houve uma queda de 17,3%, ficando em 5,3 milhões de pessoas. A população fora da força de trabalho foi de 66,8 milhões, queda de 0,5% ante o trimestre anterior, houve um e aumento de 3,4% na comparação anual.
Rendimento
O rendimento real ficou estável na comparação com o trimestre de maio e foi de R$ 2.947. No ano, esse valor significa um crescimento de 4,6%. A massa de rendimento real habitual, por sua vez, chegou a R$ 288,9 bilhões e bateu recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.
Com informações do Correio Braziliense