Um dia após o discurso de abertura na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou na tarde desta quarta-feira (20/9) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem lançou uma iniciativa global para promoção do trabalho decente intitulado de “Coalizão Global pelo Trabalho”.
“Espero que a relação Estados Unidos e Brasil seja aperfeiçoada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo”, apontou.
“É uma satisfação ter um encontro com o governo dos Estados Unidos para falar dessa parceria na defesa dos direitos trabalhistas. Um momento da geopolítica em que as oportunidades estão se fechando e os setores extremistas tentam interditar as portas do debate político. Essa é uma iniciativa de um plano de trabalho para que a gente possa oferecer aos nossos jovens uma proposta de trabalho digno. Em um momento de salários baixos e precarizados. É uma iniciativa muito importante para o mundo”, pontuou.
Lula disse ainda que ao olhar a geopolítica mundial “a democracia cada vez mais corre mais perigo” por conta da negação da política que tem feito com que setores extremistas assumam posições de destaque, citando como exemplo o Brasil e Argentina.
“A democracia cada vez se corre mais perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço, em função da negação política. Isso já aconteceu no Brasil, está acontecendo na Argentina e está acontecendo em vários outros países”, emendou.
O chefe do Executivo brasileiro ainda falou sobre desigualdade no mundo.
“Estamos tentando convencer as pessoas que, quanto menos pobre existir na humanidade, melhor ainda será para os ricos. A pobreza e a desigualdade não interessam a ninguém”, concluiu.