O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (24/8) que o debate da taxação de offshores não deve enfrentar resistência no Congresso. A medida estava prevista para ser votada junto à medida provisória (MP) do salário mínimo, mas, por falta de consenso, o governo deve encaminhar a proposta separadamente.
A medida prevê a taxação de fundos que são gerenciados por proprietários que residem no Brasil e funcionam no exterior, geralmente em paraísos fiscais. O trecho acabou sendo excluído da MP do salário mínimo, após encontrar resistências na Câmara.
“O governo está colocando o aumento do salário mínimo, reduzindo imposto para quem ganha até dois salários mínimos, para a classe média. E nós queremos, para compensar isso, cobrar impostos dos multimilionários, uma minoria da população”, explicou o ministro.
Padilha reforçou:
“Estamos confiantes que o Congresso Nacional vai compreender que, inclusive para o Brasil ter os mesmos parâmetros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é importante, sim, termos a taxação e as alíquotas desses fundos.”