O advogado Bernardo Fenelon que defendia o tenente-coronel Mauro Cid deixou o caso. O Coronel Mauro Cid está preso desde maio, suspeito de participar de esquemas de desvio e venda de joias recebidas pela Presidência e adulteração de certificados de vacina. A razão pelo qual o advogado deixou o caso ainda não foi divulgado e também não há informações de quem assumirá o cargo.
A saída do advogado ocorreu logo após revelações sobre uma suposta participação de Cid em esquema de desvio de joias da Presidência. Antes da saída de Fenelon da defesa de Mauro Cid, outro advogado também deixou o caso. O criminalista Rodrigo Roca, também atuou na defesa do acusado e saiu do caso, alegando razões de foro profissional.
De acordo com a PF, Mauro Cid vendeu dois relógios de luxo em junho de 2022, nos EUA, por US$ 68 mil, relógios que faziam parte de presentes enviados ao Brasil. O valor da venda foi depositado na conta de seu pai, general Cid. A PF também investigou que o valor das vendas eram repassados à Bolsonaro em dinheiro vivo.
Segundo a PF, uma nova tentativa de venda de joias nos ocorreu em fevereiro deste ano, nos EUA. Um kit de jóias de ouro saiu do país, de forma ilegal, em dezembro de 2022, para os EUA, onde o Bolsonaro iria após o fim do mandato. As joias foram leiloadas em fevereiro, mas não houveram interessados.
“Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, Trecho da manifestação da PF ao STF (Supremo Tribunal Federal).
As joias envolvidas na “operação resgate” foram resgatadas. As jóias integravam o chamado “kit ouro branco”, de acordo com a PF. As jóias seriam: um par de abotoaduras, um anel e uma masbaha (rosário árabe), todos feitos com ouro branco, além de uma caneta da marca Chopard prateada com pedras incrustadas e um relógio Rolex cravejado de diamantes.