Um grupo de aliados de Jair Bolsonaro (PL) tem defendido que o ex-mandatário insista em uma candidatura na disputa eleitoral de 2026, mesmo após a decisão de declará-lo inelegível.
O objetivo é demonstrar força eleitoral e mobilizar o eleitorado bolsonarista, mesmo que, em meio à disputa eleitoral, o registro de candidatura seja indeferido por causa da condenação eleitoral.
Bolsonaro, no entanto, tem se mostrado resistente a essa possibilidade. O entorno do ex-presidente lembra que, apesar de não concordar com algumas decisões, o ex-presidente nunca descumpriu uma ordem judicial.
Aliados do ex-presidente, que são favoráveis a uma candidatura e com os quais a CNN conversou, lembram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou a estratégia política em 2018, quando já estava enquadrado pela “Lei da Ficha Limpa”.
Em agosto de 2018, o PT registrou a candidatura presidencial de Lula, que estava preso desde abril. O TSE analisou o registro de candidatura e, por 6 votos a 1, indeferiu o pedido do petista.
Na época, o PT aproveitou o episódio para vincular a imagem de Lula à do seu então candidato a vice-presidente, Fernando Haddad, que passou para o segundo turno da disputa presidencial e perdeu para Bolsonaro.