O ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse em um vídeo, nesta segunda-feira (19/6), que não estava fugindo do país e que não pretende deixar o Brasil. Deltan foi criticado nas redes sociais após postar uma foto no portão de embarque de um voo para o Estados Unidos, onde participa de um evento vinculado a uma organização religiosa.
“Eu não fugi não do Brasil, por dois motivos, para fugir eu precisava ser procurado pela justiça pela prática de crimes, o que não existe e o segundo motivo é que eu não vou desistir do Brasil”, disse o ex-parlamentar. A viagem de Deltan ocorre logo após ele afirmar ter recebido R$ 150 mil em doações para ajudá-lo a pagar multas aplicadas pela justiça pela utilização irregular de valores de diárias pela força tarefa do Ministério Público Federal (MPF) para a operação Lava Jato.
No vídeo, Deltan repetiu o discurso que tem utilizado desde a cassação do mandato, de que ele seria “perseguido” por ter combatido a corrupção, além de voltar a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e “o pessoal da esquerda”. Deltan também disparou críticas contra o advogado Cristiano Zanin, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), que segundo o ex-deputado, não atende aos requisitos constitucionais para assumir o cargo.
Outro alvo das críticas de Deltan foi o advogado Tacla Duran, que potencialmente pode ser uma grande dor de cabeça para os ex-integrantes da Operação Lava Jato, já que ele denunciou um suposto esquema de corrupção com o pagamento de propina para procuradores e para o ex-juiz da operação, o senador Sérgio Moro (União-PR).
“Uma parte da esquerda está estarrecida, está em polvorosa diante da minha foto, uma simples foto em frente a um portão de embarque para os Estados Unidos, enquanto tentam me depreciar como um fugitivo, eles elevam o verdadeiro fugitivo do país, um lavador de dinheiro profissional, o Tecla Duram”, disse o parlamentar, que garantiu voltar ao Brasil em 24 de junho.
Com informações Correio Braziliense