A Câmara aprovou, na noite desta quarta-feira (14), o projeto de lei que tipifica a discriminação contra políticos, autoridades públicas e seus familiares.
Foram 252 votos a favor e 163 contra. A votação ocorreu após aprovação de caráter de urgência da pauta, que agora segue para análise do Senado. O PL estipula que deverá haver punição quando um político ou autoridades forem discriminados por serem réus em processo judicial em andamento, ou quando ainda for possível recorrer à acusação na ação.
Além dos políticos e autoridades, estão inclusos como beneficiários do PL os familiares e eventuais colaboradores associados a eles. As penas, segundo o texto, devem variar entre dois a quatro anos de prisão, além de multas. O projeto não destaca manifestações públicas feitas contra políticos nas redes sociais, publica ou anonimamente. Apenas um artigo foi removido do texto final, pelo relator, Claudio Cajado (PP-BA), o que versava sobre injúria sofrida.
Parlamentares tanto do lado governista quanto de oposição reclamaram que o tema foi pautado tarde, com a votação começando por volta das 21h30, e sem condição para que eles lessem a matéria com detalhes. Erika Kokay (PT-DF) acusou que a votação foi “na calada da noite”, enquanto Nikolas Ferreira (PL-MG) reclamou de tempo bastante para refletir sobre o tema. .
O projeto é de autoria de Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
São discriminações contra políticos e seus familiares, segundo o PL: Acusar políticos por condutas que viraram caso de Justiça, mas que ainda não transitaram em julgado; Impedir o acesso a cargos de administração; Impossibilitar a promoção dentro do trabalho ou outro benefício profissional por motivos de relação política; Negar emprego em empresa privada por associação política; Negar abertura de contas bancárias apenas porque alguém é político, autoridade ou a eles associados.
Com informações UOL