A Polícia Federal está investigando o terceiro registro de vacina falsa atribuída a Jair Bolsonaro no sistema do Ministério da Saúde. De acordo com o registro, Bolsonaro teria recebido uma vacina da Janssen contra a Covid-19 no dia 19 de julho em uma unidade de saúde no bairro de Peruche, em São Paulo.
O posto de saúde em questão comunicou a Controladoria Geral da União (CGU) que o ex-presidente Jair Bolsonaro nunca compareceu à unidade para receber a vacina, e que o registro da imunização com a dose da Janssen foi falsificado. A CGU repassou essa informação à Polícia Federal, que já estava investigando outros dois registros falsos de vacinação atribuídos a Bolsonaro em unidades de saúde na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
No mês de novembro, enquanto Jair Bolsonaro ainda era presidente, a (CGU) recebeu um pedido para avaliar a possibilidade de divulgar o cartão de vacinação do presidente, feito por um veículo de imprensa através da Lei de Acesso à Informação. Em dezembro, a CGU concordou em divulgar as informações oficiais sobre o cartão de imunização do presidente, pedindo ao Ministério da Saúde que fornecesse esses dados. No entanto, o cartão continha registros de três vacinas, o que ia contra as declarações públicas de Bolsonaro de que ele nunca havia sido vacinado contra a Covid-19.
De acordo com o registro do sistema, a vacina de São Paulo teria sido aplicada em Bolsonaro no dia 19 de julho de 2021, mas o registro só foi feito em outubro de 2022, mais de um ano depois. A Controladoria Geral da União entrou em contato com a Força Aérea Brasileira, responsável pelas viagens de avião dos presidentes da República, e descobriu que Bolsonaro não estava em São Paulo na data em que a suposta vacinação teria ocorrido.