Na manhã de hoje (3), Ailton Gonçalves Moraes Barros, major reformado do Exército, foi preso pela Polícia Federal na Operação Venire. Durante a investigação, foram encontradas mensagens em que o major afirmou ter conhecimento do mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.
Durante a investigação da operação, foram descobertas mensagens em que Ailton afirmou ter conhecimento de que haviam tentado armar algo contra Siciliano. O ex-vereador também foi um dos alvos da operação desta quarta-feira, que visa a inclusão de informações falsas sobre a vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Em 2022, Ailton concorreu pelo PL a uma vaga como deputado estadual no Rio de Janeiro, mas não obteve êxito nas eleições.
A Operação Venire, autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, realizou busca e apreensão em 16 endereços e prendeu seis pessoas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os alvos, estava o ex-presidente Bolsonaro. A ação recebeu esse nome por causa da expressão “Venire contra factum proprium” (Vir contra seus próprios atos), que é um princípio do direito civil e internacional que impede comportamentos contraditórios de uma pessoa. A busca era relacionada à inclusão de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde e também envolveu o ex-vereador Siciliano.