Amorim, hoje chefe da assessoria especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve na quinta-feira (29) com o líder russo Vladimir Putin. A reunião entre os dois ainda não tinha vindo a público.
Conversaram por cerca de uma hora por meio de um intérprete. No começo da reunião os dois falaram sobre temas bilaterais: o fluxo comercial entre Brasil e Rússia, o fornecimento de fertilizantes, a possibilidade de uso das moedas locais para compensar exportações e importações.
“Dizer que as portas estão abertas [para uma negociação de paz] seria exagero, mas dizer que elas estão totalmente fechadas também não é verdade”.
No que se refere as guerras, Amorim fala que não há solução mágica para interromper o conflito, mas tem convicções de que em algum momento, um dos países irão perceber que um denário de guerra trás muitos prejuízos, não só econômico e político mas humano.
Veja falas:
“Não há solução mágica [para interromper o conflito]. Mas haverá um momento em que, de um lado ou de outro, surgirá uma percepção de que o custo da guerra — não só o custo político, mas humano e econômico — será maior que o custo das concessões necessárias para a paz.”
“Minha sensação é de que esse momento ainda não chegou, mas pode chegar mais rápido do que se pensa. E aí a existência de um grupo de países ‘neutros’ — nisso é necessário colocar aspas — pode ajudar”.