O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou que irá aceitar próximos convites para visitar favelas e bairros populares pelo país. Dino comparece hoje à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara para fazer esclarecimentos, um deles sobre sua ida ao Complexo da Maré este mês.
O que aconteceu:
O ministro disse ser “esdrúxulo” criminalizar não só sua visita, mas as pessoas que moram na região, “como se todos fossem criminosos e não são, é um preconceito”.
“Não é favor, é dever”, afirmou Dino sobre sua presença nesses locais. O ministro se comprometeu a aceitar “todos os convites similares”. Novamente, ele negou ter sido chamado ao Complexo da Maré por organização criminosa: “É esdruxulo imaginar que me encontrei com o Comando Vermelho e avisei à polícia”.
Criminalizar os mais pobres é estimular a violência contra eles, a violência, a morte, o tiroteio. Não me parece adequado a agentes públicos”.
Em campanha eleitoral, todo mundo lembra de ir nas favelas e periferias e ninguém pergunta se ali há crime organizado ou não. Mas agora se verifica a tentativa vil não só de criminalizar o ministro da Justiça, mas aquela população”.
Flávio Dino A ida do ministro à Maré foi alvo de críticas e acusações da oposição. Parlamentares, como Flávio e Eduardo Bolsonaro, insinuaram que Dino foi sem escolta pesada por ter relação com o crime organizado.
Em entrevista ao UOL News, Dino já havia antecipado que processaria Eduardo por racismo e quebra de decoro. Na semana passada, ele acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) contra sete parlamentares.
Dino deve explicar os seguintes pontos na Comissão: Mudanças no controle de armas pelo governo Lula; Medidas tomadas pelo seu Ministério após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília; A visita feita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro; Balanço dos primeiros meses de trabalho e projeções para o restante do ano.
*Com informações UOL