Em discurso duro logo após ser reconduzido ao comando da Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) defendeu a aplicação do rigor da lei contra golpistas que depredaram prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) em 8 de janeiro. Ele também pregou contenção de poderes e disse ser “hora de desinflamar”.
“Nesse Brasil não há mais espaço para aqueles que atentam contra Poderes que simbolizam nossa democracia. Essa Casa não acolherá, defenderá ou referendará nenhum ato, discurso, manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar terá repulsa desse Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei”, disse.
Para aqueles que depredaram, vandalizaram e envergonharam o povo brasileiro, haverá, sim, o rigor da lei.”
Lira foi reeleito com 464 votos, recorde histórico e um grande avanço em relação aos 302 votos que obteve em 2021, quando foi conduzido ao cargo pela primeira vez.
No discurso, Lira criticou o que chamou de “baderna de alguns”. “Aos vândalos e instrumentadores do caos que promoveram o 8 de janeiro passado, eu afirmo: no Brasil, nenhum regime político irá prosperar fora da democracia. Jamais haverá um Brasil sem eleições livres e representantes escolhidos pelo voto popular. Jamais haverá um Brasil sem liberdade.”
Lira obteve um amplo arco de apoio, do PL de Jair Bolsonaro ao PT de Luiz Inácio Lula da Silva, que não lançou candidatura concorrente por receio de derrota, já que a esquerda controla apenas cerca de um quarto das cadeiras da Casa.
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, Lira tem se aproximado do petista, em uma mudança significativa em relação à postura de alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que o deputado tinha antes.
O presidente da Câmara foi uma das primeiras autoridades a reconhecerem a vitória de Lula sobre Bolsonaro no segundo turno.
* Com informações da Cidade verde PI