Diante da promessa de uma disputa acirrada pela Presidência do Senado, nove integrantes do governo Lula foram à Casa para acompanhar a eleição. O movimento é um gesto de apoio a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente que busca a reeleição. Pacheco tem dois adversários do campo bolsonarista na eleição para a Presidência do Senado: Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro e candidato apoiado pelo ex-presidente; e Eduardo Girão (Podemos-CE).
A tendência, segundo prognósticos feitos por articuladores no Senado, é que Pacheco e Marinho polarizem a disputa. Entre os presentes, cinco são senadores que se licenciaram do governo para participar da votação: Flávio Dino (Justiça); Wellington Dias (Desenvolvimento Social); Camilo Santana (Educação); Renan Filho (Transportes); Jean Paul Prates (Presidente da Petrobras);
Outros quatro ministros não têm mandato no Senado atualmente, mas marcam presença no plenário da casa. Simone Tebet (Planejamento); Paulo Pimenta (Secom); Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Waldez Góez (Integração e Desenvolvimento Regional);
A presença de Padilha, articulador político do governo, e de Simone Tebet, ex-senadora e terceira colocada na última disputa presidencial, sinalizam o peso que o governo dá à disputa. Apesar de apoiar Pacheco, Padilha fez questão de cumprimentar primeiramente Rogério Marinho.
O bolsonarismo saiu fortalecido após o resultado da última eleição, onde 16 dos 27 eleitos para o Senado apoiaram Bolsonaro. Por isso, os bolsonaristas veem uma vitória de Marinho como uma oportunidade de criar um bastião de oposição. Além disso, o Senado é considerado estratégico por dar início a processos de impeachment de ministros do STF, alvos constantes de ataques da extrema direita. Simone Tebet destacou a importância de uma vitória de Pacheco para que a agenda econômica do governo Lula avance.
Não existe pauta econômica sem a reconstrução institucional do Brasil e a reconstrução institucional da harmonia entre os Poderes. Essa harmonia passa por termos um presidente do Congresso Nacional que tenha como cartilha o amor à democracia. E isso é a figura de Rodrigo Pacheco. Portanto é essencial para a democracia, para o fortalecimento, para a harmonia dos Poderes e para resolvermos os problemas econômicos do Brasil a eleição do presidente Rodrigo Pacheco.