Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reduziram suas perspectivas de placar vitorioso para sua tentativa à reeleição na manhã que antecede a votação para o comando da Casa. Até ontem, os cálculos mais otimistas chegavam a 55 votos para o parlamentar de Minas Gerais. São necessários 41 votos para ganhar. Hoje, há quem estime uma vitória mais tímida, com 46 votos.
Pacheco disputa o posto com o ex-ministro de Jair Bolsonaro Rogério Marinho (PL), que corre contra o tempo para conquistar votos. A eleição do Senado e da Câmara é secreta, então, as perspectivas dos aliados se baseiam em conversas e costuras de apoios entre os partidos, mas podem ser frustradas na urna.
O time de Pacheco não sabe explicar o que pode ter levado à redução do apoio, mas há negociações correndo ainda nesta quarta-feira (1º) parar postos na Câmara e no Senado. O PL e o União Brasil, por exemplo, disputam a relatoria do orçamento 2024, o que pode ter influência na eleição. Uma das contas prevê que Pacheco terá 12 votos do PSD, 9 do PT, 9 do MDB, 6 do União Brasil, 3 do PDT, 4 do PSB, 1 da Rede, além de dois votos do partido do adversário, o PL. Isso daria um placar de 46 votos para Pacheco, a garantia da vitória.
Como acontece em todas as eleições para as Mesas do Congresso, os líderes partidários costumam divulgar previsões mais otimistas do que a realidade até para convencer seus pares. Por isso, as estimativas precisam ser observadas com cautela. Além disso, partidos fecharam apoios aos candidatos, mas não significa que toda a bancada garante o apoio. No PSD de Pacheco, por exemplo, três senadores declararam voto em Marinho: Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO).
Já nas contas de Rogério Marinho, há “votos suficientes para vencer”, como ele disse ao passar pelo Túnel do Tempo do Senado. Enquanto isso, seus aliados, como Magno Malta (PL-ES), estimam ter 43 votos.
Eduardo Girão (Podemos-CE), candidato de oposição e de terceira via, avaliava que possuía cerca de dez votos garantidos até a hora do almoço.
* Com informações da UOL