A ex-deputada federal Rejane Dias tomou posse administrativamente como conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) nesta sexta-feira (13), em solenidade na Presidência do Tribunal.
A cerimônia foi restrita a amigos e familiares. Após o ato, Rejane Dias concedeu entrevista à imprensa e disse encarar o novo posto com grande responsabilidade. Segundo ela, pesou na decisão de trocar a cadeira na Câmara Federal por uma na Corte a questão familiar.
“Tenho uma filha com deficiência que precisa dos cuidados da mãe é isso teve um peso muito grande, além de preencher o pré-requisito para ocupar uma vaga tão importante, que é fiscalizar as contas do estado. Sou formada em administração, queria ressaltar bem isso, sou formada em Direito e mestranda”, declarou.
O ministro do Desenvolvimento Social Wellington Dias, esposo de Rejane Dias marcou presença na cerimônia, assim como o governador Rafael Fonteles (PT) e outras autoridades. Em entrevista, ele destacou o perfil técnico que chancelou a ex-deputada para a vaga.
“É uma pessoa preparada tecnicamente com bacharelado em Administração, Direito, no Executivo e Legislativo. A chegada dela coloca o Piauí em uma marca nacional importante. Estamos empatados com o Rio Grande do Sul como estados com maior presença de mulheres conselheiras. Quatro conselheiras”, destacou o ministro.
Indicação
Rejane Dias foi indicada pelo governador Rafael Fonteles (PT) para a vaga do conselheiro Olavo Rebelo, que antecipou sua aposentadoria. O nome da ex-deputada foi aprovado após uma sabatina na Assembleia Legislativa do Piauí no dia 10 de janeiro. Os 25 deputados presentes na sessão votaram a favor.
Na oportunidade, ela defendeu um TCE menos “punitivo” e mais “pedagógico”, capacitando gestores para lidarem com os recursos públicos.
Também estiveram presentes na posse administrativa o presidente do TCE-PI, Kennedy Barros, e dos demais conselheiros da Corte. Ele argumentou que todos os ritos para a indicação de Rejane Sousa ao TCE-PI foram seguidos. Ela, agora, assumirá todos os processos que estavam sob relatoria de Olavo Rebelo.
“Ele pediu aposentadoria. Não há dúvida ou questionamento de exercer o direito. Uma vez que ele pediu a aposentadoria, o cargo ficou vago, a indicação seria do governador, logicamente com o aval do Legislativo. A partir de hoje todos os processos que estavam para o conselheiro que se afasta, passam para a nova conselheira”, destacou.