Em comunicado à classe, os 29 promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediram exoneração do cargo. Eles alegaram que houve quebra do compromisso assumido pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, de aceitar a indicação do nome mais votado da classe, a colega Leila Machado Costa, para substituí-lo no cargo.
No comunicado, os integrantes do Gaeco alegam que, “dada a gravidade do ato praticado pelo Chefe da Instituição, seria indispensável um posicionamento expresso através de um pedido de exoneração a partir de amanhã (sábado)”. Ainda na nota, afirmam que com duas últimas operações hoje realizadas, “deixando registrado que, apesar do anseio dos membros ser o prosseguimento dos trabalhos, dada sua sensibilidade e relevância, certos princípios são intransigíveis”. Procurada, a assessoria do MP ainda não se posicionou sobre a decisão dos promotores.
O Gaeco foi responsável pela prisão, em setembro, pela prisão do delegado Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil, acusado de fazer parte de uma organização criminosa que oferecia proteção aos chefes da contravenção.
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Mattos não foi o mais votado entre seus pares na última eleição: ficou em segundo, com 437 votos (ou 41,69%), atrás de Leila Costa, que obteve 485 votos (46,27%). Terceira colocada, Somaine Cerruti terminou com 126 votos (12,02%).