O policial rodoviário federal Edmar Camata afirmou hoje que se arrepende de ter declarado apoio à Operação Lava Jato. Indicado na terça-feira (20) para assumir o cargo de diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o agente virou alvo de críticas por ter, no passado, se manifestado a favor da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e perdeu o posto para Antônio Fernando Oliveira. O que aconteceu? Oliveira agora será nomeado após a desistência de Flávio Dino, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, na escolha de Camata para chefiar a PRF. Camata perdeu força após ser revelado que já foi entusiasta da Operação Lava Jato, da atuação do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) à frente do Ministério da Justiça, e da prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dino disse que a substituição se deu por “polêmicas nas últimas horas” em torno do nome de Camata, causando o “entendimento” de “que seria mais adequado proceder a substituição”.
“Foi um retrato de um momento em que o trabalho da força-tarefa parecia correto. Depois, verificou-se que houve interesses políticos envolvidos. Isso fez com que eu mudasse a minha posição. Hoje, a minha opinião é que houve vícios na condução e no conjunto de ações da Lava Jato”.