Pela informação, se consegue transformar a realidade e decidir quem, onde, como e por que é feito determinada coisa. Manter dados atualizados e disponíveis é primordial para a sociedade.
A falta de dados confiáveis e atualizados sobre quantos brasileiros realmente tomaram as doses dos imunizante disponíveis na rede pública de cada município, dificulta para que a sociedade e os órgãos responsáveis tenham o acesso das devidas informações para todas as medidas necessárias.
O Grupo de Trabalho (GT) sobre Saúde do Governo de Transição diagnosticou a principal ameaça aos primeiros meses de governo: a falta de informações.
“Recebemos dados confusos, que não batem, que estão incompletos. O atual governo nem consegue nos dizer quantas vacinas estão para vencer em breve”, relata o médico Arthur Chioro, coordenador do GT e ex-ministro da Saúde.
Podendo prejudicar o governo de Luiz Inácio lula da Silva (PT), pois será incapaz de definir a compra de medicamentos para diabetes, por exemplo, se não sabe ao certo o número de portadores da doença no país.
A falta de dados pode levar ao desabastecimento — se os números forem subestimados — ou ao desperdício — caso sejam superestimados.
O chamado “apagão” também é mencionado em relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) compartilhados com a equipe de transição, que mencionam até um possível “cenário insustentável” para o Sistema Único de Saúde (SUS).